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EU POSSO | DIA INTERNACIONAL DA MULHER

08/03/2024

 

Dia 8 de março, a ALAD | Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento, no âmbito da EAVVD | Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica, em articulação com a Câmara Municipal de Castelo Branco e através do PMIND - Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação do Município de Castelo Branco, assinala o Dia Internacional da Mulher com a campanha “Eu Posso”.

 

O Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de março, é uma efeméride criada em 1917, na Rússia, resultante do facto de as mulheres trabalhadoras do setor de tecelagem terem entrado em greve, precisamente no dia 8 de março, para reivindicar a ajuda dos operários do setor metalúrgico. O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. A data simboliza a celebração da luta pelos direitos das mulheres, sendo um marco essencial para o reconhecimento e fortalecimento do feminismo e, portanto, da luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

A Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento, através da Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica de Castelo Branco, em parceria com a Câmara Municipal de Castelo Branco, no âmbito do Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação, assinala este dia com a campanha “Eu Posso: Estudar, Votar, Escolher, Governar”.

Esta campanha pretende realçar que a Igualdade de Género exige que homens e mulheres gozem das mesmas oportunidades, rendimentos, direitos e obrigações em todas as áreas. Esta luta, quando iniciada em Portugal, teve diferentes rostos como é o caso de Carolina Beatriz Ângelo, Regina Quintanilha, Domitila de Carvalho e Maria de Lourdes Pintasilgo, as caras desta campanha, cujos feitos marcaram a história daqueles que são hoje os direitos das mulheres.

Tendo em conta as desigualdades e grandes assimetrias que perduram, a promoção da igualdade passa pelo empoderamento das mulheres para que se possa visar o equilíbrio de poder entre homens e mulheres, e se possam criar as condições para que a mulher seja autónoma nas suas decisões e na forma de gerir a sua vida.

 

Domitila Hormizinda Miranda de Carvalho, formou-se em Matemática, Filosofia e Medicina, na Universidade de Coimbra, sendo a primeira mulher a frequentar esta Universidade.

Fez os primeiros estudos em Castelo Branco, cujo liceu frequentou, tendo prosseguido estudos nos liceus de Bragança e Leiria. Finalizado o ensino secundário, requereu a matrícula ao Magnífico Reitor e tornou-se a primeira mulher, depois da reforma universitária de 1772, a ser admitida na Universidade de Coimbra, onde se matriculou em outubro de 1891. Como condição para a admissão, foi obrigada, por indicação do reitor, a trajar sempre de negro, com chapéu discreto e de um modo sóbrio para que não se evidenciasse entre os colegas masculinos, obrigatoriamente vestidos de capa e batina abotoada.

Iniciou a frequência dos cursos de Matemática e Filosofia, os quais findou com distinção em 1894 e 1895, respectivamente. Matriculou-se de seguida no curso de Medicina e até 1896 foi a única aluna da Universidade.

 

 

Carolina Beatriz Ângelo, médica, republicana e sufragista, foi a primeira mulher a votar em Portugal, nas eleições realizadas para a Assembleia Nacional Constituinte, no dia 28 de maio de 1911.

O código eleitoral determinava o direito de voto a “todos os portugueses maiores de vinte e um anos, à data de 1 de maio do ano corrente [1911], residentes em território nacional, compreendidos em qualquer das seguintes categorias:

1º Os que souberem ler e escrever;
2º Os que forem chefes de família (…).”

Com formação superior e chefe de família, sendo viúva, Carolina Beatriz Ângelo reunia as condições para votar, uma vez que a lei não especificava que apenas os cidadãos do sexo masculino tinham capacidade eleitoral.

O direito ao voto tornou-se universal em Portugal só depois do 25 de Abril de 1975.

 

 

Regina Quintanilha, licenciou-se em direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra depois do Conselho Universitário se ter reunido para deliberar sobre o ingresso de uma aluna do sexo feminino.

Tornou-se assim a primeira mulher licenciada em direito e advogada portuguesa, mas também a primeira procuradora judicial, notária e conservadora do registo predial.

Apesar da abertura completa da advocacia às mulheres só ter vindo a ser decretada em 1918, Regina Quintanilha estreou-se no Tribunal da Boa Hora no dia 14 de novembro de 1913, graças a uma autorização especial do Supremo Tribunal de Justiça.

 

 

Maria de Lourdes Pintasilgo foi uma mulher pioneira em quase tudo o que fez e distinguiu-se em várias áreas da vida pública nacional e internacional. 

Em 1986, foi a primeira portuguesa a candidatar-se a umas eleições presidenciais, sete anos depois de ter ficado na história como a primeira mulher a desempenhar o cargo de Primeira-Ministra em Portugal, a 1 de agosto de 1979, no V Governo Constitucional, dois meses após a tomada de posse de Margaret Thatcher, no Reino Unido.

 

Reforçamos que os serviços da EAVVD são gratuitos e confidenciais, encontrando-se a equipa disponível para prestar apoio ao nível emocional/psicológico, social e informação jurídica. Poderá encontrar-nos na morada: Rua da Fonte Nova, Nº. 1, Quinta da Fonte Nova, R/C, 6000 - 167 Castelo Branco

Através do e-mail: nav.castelobranco@amatolusitano-ad.pt

E através dos contactos telefónicos: 272 321 332 | 961 948 967

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