Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres

A 25 de novembro de 1960, as irmãs Mirabal: Patria, María Teresa e Minerva – “Las Mariposas”, foram violentamente torturadas e assassinadas, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo, por lutarem por melhores condições de vida no seu país. Numa perspetiva de prestar homenagem às três irmãs, a ONU - Organização das Nações Unidas instituiu, em 1999, o dia 25 de novembro como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. Esta data pretende ser um lembrete, a cada ano, de que ainda existe um longo caminho a percorrer no que diz respeito à violência contra a mulher.

Sobre a Campanha

Até ao terceiro trimestre de 2023, foram assassinadas 14 mulheres em contexto de violência doméstica em Portugal. Em 2022 foram registados 28 femicídios, dos quais 22 ocorreram em relações de intimidade (UMAR, 2023). Nesta linha, a Amato Lusitano – Associação de Desenvolvimento, através do projeto EAVVD | Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica, e em articulação com a Câmara Municipal de Castelo Branco, através do PMIND - Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação, pretende assinalar este dia com a campanha “MORRI DE AMORES POR TI”. Assim, ao longo do dia 25 de novembro de 2023, estarão expostos 22 pares de sapatos vermelhos, na escadaria da Câmara Municipal de Castelo Branco, recordando o caminho que deve continuar a ser feito em prol da defesa e segurança das mulheres.

Esta campanha é inspirada na instalação “Zapatos Rojos” da artista plástica e arquiteta mexicana Elina Chauvet, que, após a sua irmã ter sido assassinada às mãos do companheiro, espalhou sapatos vermelhos pela Cidade do México, tornando-os um símbolo de denúncia da violência perpetuada contra as mulheres e contra o femicídio. Pretende-se sensibilizar cada albicastrense para o papel que toda a população tem na prevenção e combate à violência de género.

“Enquanto cidadãos e cidadãs de um mundo que se espera cada vez mais igual e justo, cada femicídio deve assombrar-nos, para que, enquanto não formos capazes de colocar fim a este flagelo, não nos esqueçamos o quão longa é a estrada que temos pela frente, no combate à eliminação da violência contra as mulheres.”

EAVVD | Estrutura de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica de Castelo Branco