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2003 - 2004 | ADN Ação, Drogas Não!

 

ADN Ação, Drogas Não!

 

Foi assinado a 20 de fevereiro de 2004 um protocolo entre o Instituto da Droga e Toxicodependência e algumas Câmaras Municipais do distrito de Castelo Branco, na sequência do qual serão iniciados alguns projetos de prevenção primária da toxicodependência.

 

Num âmbito de parceria, o Projeto de Luta Contra a Pobreza “Porta Aberta” desenvolveu a partir de Março de 2004 o Projeto Acão Drogas – Não! (A. D. N.), cujo contexto de intervenção se remeteu para o meio escolar. A entidade promotora foi a Associação de Desenvolvimento – Amato Lusitano e a rede de parceria articulou-se entre as seguintes entidades:

 

1.     Instituto da Droga e Toxicodependência

2.     Câmara Municipal de Castelo Branco

3.     Escola E. B. 2 /3 Afonso Paiva (Castelo Branco)

4.     I. P. J. – Instituto Português da Juventude de Castelo Branco

5.     Agrupamento de Escolas Professor Sena Faria de Vasconcelos

6.     Sub Região de Saúde de Castelo Branco

 

Sustentação com base em diagnóstico prévio

 

Este Projeto justificou-se com base em dados verificados através de um diagnóstico efetuado pela Câmara Municipal de Castelo Branco e nas conclusões do estudo nacional realizado pelo I. D. T., em que se verificava um aumento considerável do consumo de drogas em jovens entre os 10 e os 18 anos, neste concelho. Este consumo era geralmente iniciado nos meios de lazer mas também no meio escolar, onde os adolescentes passam a grande parte do seu tempo. O meio escolar apresentava-se, portanto, como um ambiente essencial que nos oferecia um grande potencial de intervenção, sendo a participação dos professores muito importante neste processo de prevenção.

 

Objetivos

 

1. CONTRIBUIR PARA O AUMENTO DE INFORMAÇÃO SOBRE A TEMÁTICA DO CONSUMO DE DROGAS EM MEIO ESCOLAR.

 

1.1.Formação e sensibilização de professores e docentes;

1.2.Divulgação de metodologias de trabalho no âmbito da prevenção primária da toxicodependência.

 

2. REDUZIR A VULNERABILIDADE DOS JOVENS RELATIVAMENTE AO CONSUMO DE DROGAS, CONTROLAR DETERMINADOS FACTORES DE RISCO E DESENVOLVER CONDIÇÕES DE PROTECÇÃO, ESTIMULANDO A SUA TOMADA DE DECISÕES E CONTRIBUINDO PARA MUDANÇAS DE ATITUDE.

 

2.1.Trabalhar estratégias que previnam comportamentos de risco e reduzam a eventualidade de surgirem situações de pré-consumo;

2.2.Promover a integração social através do desenvolvimento de competências pessoais e aptidões sociais, cultivando a imagem da escola como um espaço privilegiado para o diálogo.

 

3. INCENTIVAR POSITIVAMENTE AS CAPACIDADES DE PERCEPÇÃO E REFLEXÃO DOS JOVENS, FAVORECENDO O SEU POTENCIAL DE ANÁLISE E A CRÍTICA CONSTRUTIVA.

 

3.1.Visionamento e discussão de vídeos temáticos, documentários e filmes que abordem a temática do consumo e abuso de substâncias. O debate de ideias visará o esclarecimento de dúvidas e a afirmação de algumas conclusões.

 

4. PROMOVER A PARTICIPAÇÃO DOS DOCENTES NA PREVENÇÃO PRIMÁRIA DA TOXICODEPENDÊNCIA, SENDO ELES PRÓPRIOS TAMBÉM AGENTES ACTIVOS DE PREVENÇÃO, ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO PROGRAMA PSICOPEDAGÓGICO “CRESCER A BRINCAR”.

 

5. PRODUÇÃO DE TRABALHOS, COMO RESULTADO DO IMPACTO DA PROGRESSÃO DAS ESTRATÉGIAS DE SENSIBILIZAÇÃO E CRIAÇÃO DE ACÇÕES COM EFEITO MULTIPLICADOR NO ÂMBITO PREVENTIVO.

 

População alvo final visada nas ações do Projecto A. D. N.

 

> Três turmas da Escola E. B. 2/3 Afonso de Paiva; duas turmas do 1º ano do 1º Ciclo da Escola Horta D’ Alva; grupo de quinze professores.

 

Estratégias gerais

 

As estratégias utilizadas basearam-se especialmente em atividades de promoção geral dos diversos autoconceitos dos adolescentes, sem prescindir, em determinados casos, de uma intervenção mais específica sobre a temática do uso de drogas e seus efeitos nocivos na saúde.

O A. D. N. encontrava-se estruturado em quatro etapas gerais que abrangeram ações relacionadas com a formação de docentes e a implementação de estratégias para a sensibilização dos jovens. Os objetivos passaram pela realização de atividades que contribuíram para um melhor relacionamento interpessoal, para o controlo mais estável da agressividade, bem como para o aumento da autoestima e da autonomia com base em estratégias de motivação positiva dos adolescentes.

 

Caracterização das quatro ações desenvolvidas

 

Acão N.º1 – Formação Para Docentes

 

Com esta ação pretendeu-se reunir um grupo de docentes na Escola E. B. 2/3 Afonso de Paiva e desenvolver uma ação de formação, que consistiu na transmissão dos objetivos do Projecto A. D. N. e na identificação das suas preocupações mais prementes, bem como conhecer a sua sensibilidade para o problema das toxicodependências, por forma a identificar as expetativas face ao Projeto.

O conteúdo da formação residiu na transmissão de conceitos fundamentais e na preparação dos docentes para o acompanhamento de ações a desenvolver com os alunos, especialmente para a promoção do debate através do visionamento de vídeos temáticos.

 

Ação N.º2 – Sensibilização Para os Alunos

 

Foram realizados pontos de encontro com no sentido de:

 

> Sensibilizar e informar relativamente aos fatores de risco que poderiam propiciar ao uso e abuso de drogas;

> Debates sobre a temática do consumo de substâncias, utilizando como ponto de partida alguns jogos lúdicos e pedagógicos que facilitam as dinâmicas psicossociais. Pretendeu-se um gradual esclarecimento de dúvidas e a afirmação de algumas conclusões.

 

Ação N.º3 – Para e Com os Alunos

 

> Concurso para o logótipo do Projeto A. D. N.

> Elaboração de um jornal, em colaboração com alguns jovens do Clube Bus “Espanta Vícios”;

> Visionamento de vídeos temáticos e de filmes com âmbito documental;

> Aplicação de jogos coletivos.

 

Ação N.º4 – Crescer a Brincar

 

O A. D. N. integrou o Programa “Crescer a Brincar”, no qual se procurou promover o ajustamento psicológico de crianças do 1º ano de escolaridade através da utilização de bandas desenhadas e jogos interativos, trabalhando de forma eclética, lúdica e atrativa, um vasto conjunto de domínios, na perspetiva de contribuir para a manutenção de estilos de vida saudáveis e de treinar determinadas competências pessoais. Ajudar as crianças a desenvolverem diversas competências, como a capacidade de tomarem decisões ou de gerirem emoções negativas, foi o objetivo do Programa “Crescer a Brincar”, promovido pela Universidade do Minho e apoiado pelo Ministério da Educação.

Esta ação decorreu ao longo de todo o ano letivo de 2004 / 05, sendo precedida de uma formação exaustiva destinada aos professores que contribuiram para o desenvolvimento desta ação no terreno.

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